Dentadinhas

domingo, julho 10, 2005

Balzac

“Enfim, nós só temos três coisas a dar ao miserável que interrompe uma leitura:
Uma prece.
Um túmulo.
E estas palavras: REQUIESCAT IN PACE!”

Esse é o trecho final de “Os salões literários e as palavras” – disponível em “Os jornalistas” (Ediouro, 1999). Mais uma prova do quanto é bom ler e reler Honoré de Balzac.
Esse livro ainda reúne o clássico libelo “Monografia da imprensa parisiense”. E é para o deleite de todos nós que selecionei algumas partes:
“Todo o crítico é um autor impotente (...) Compreendendo as regras do jogo sem poder jogar, professa (...) A crítica se tornou uma espécie de alfândega para as idéias.”
“Para o jornalista, tudo o que é provável é verdadeiro.”
“A Imprensa, como a mulher, é admirável e sublime quando conta uma mentira. Não o deixa em paz até tê-lo forçado a acreditar nela, e emprega as maiores qualidades nesta luta onde o público, tão tolo quanto um marido, sucumbe sempre”.
“Se a imprensa não existisse, seria preciso não inventá-la.”