Sobre a dona ciência econômica
Sempre que conto para alguém que faço economia, tenho que me explicar: “ó, estuda-se muita coisa legal em economia. História econômica. O que pensavam/diziam os grandes economistas. Te ajuda a entender um monte de coisa. Não é só cálculo”.
Mas a partir de agora, nada de ficar me justificando. Vou me limitar a recomendar o livro “A ÚLTIMA TENTAÇÃO DE MARX”, do economista e escritor Armando Avena Filho. São 32 crônicas, e a que dá título à obra começa assim:
“Foi um grande avanço da ciência. Depois de exaustivos estudos, os cientistas encontraram a técnica de transposição no tempo e no espaço. Abismado, o mundo inteiro parou para ver o primeiro homem que viria do passado para conhecer o presente. A escolha tinha sido difícil. Os filósofos queriam Platão, os religiosos exigiam que fosse Jesus, os militares preferiam Napoleão, mas as empresas transnacionais, que patrocinavam o evento, queriam Marx”.
Pois é. Estou encantadíssima com esse livro. Não apenas é muito bom, como prova o quanto a tal da ciência econômica pode ser interessantíssima. Fascinante. Agradável. Etc e tal. Não apenas pela oportunidade de se estudar caras como Marx, Smith, Lord Keynes, Friedman (que, para minha surpresa, sequer foi citado na obra), Marshall, entre tantos outros.
Claro, há inúmeros outros escritos que discorrem sobre questões econômicas que são agradabilíssimos de ser ler. Inclusive, manuais – como o do Heilbroner e do Thurow. Mas o legal desse livro do Avena Filho é que ele pede licença à ficção.
Agora, chega desssa apologia.
Antes, quero só deixar claro que a minha crônica preferida nem é a que ele começa citando o Gabo.
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