Dentadinhas

sábado, agosto 26, 2006

vale a pena dar uma lida

"O que precisamos entender é que a cultura do Vale do Silício está começando a 'controlar o mundo' (risos). É uma coisa gradual, mas que está acontecendo. As pessoas de lá vêm de um grupo de pessoas muito orientadas para o pensamento tecnológico. Do ponto de vista deles, os seres humanos não importam. Na verdade, nem sequer existem: são feitos de subconsciência e cérebro, e a sociedade é uma coleção de subconsciências. Tudo é apenas uma computação gigantesca, e a designação de uma pessoa é um rótulo arbitrário que se coloca numa parte desse hardware gigante. Há alguns dias, conversando com alguns dos executivos mais influentes do Vale do Silício, ouvi isso: 'Em dez anos, o uso de algoritmos da internet, com toda a informação de serviços como o Orkut, o Google, poderemos criar automaticamente músicas muito melhores de que qualquer coisa que uma pessoa pudesse inventar. É errado ensinar música a crianças porque os computadores vão ser melhores nisso, então, será um ensino obsoleto'".
Esse é um trecho da entrevista de Jaron Lanier (a saber: doutor pelo Instituto de Tecnologia de Nova Jersey, pesquisador de tecnologia do Vale do Silício, criador da realidade virtual, em 1987, colunista da Scientifc American e - apesar de eu achar que isso não importa - músico) à Folha de S.Paulo, publicada semana passada.

terça-feira, agosto 15, 2006

Da série “o melhor da vida de universitária são as pérolas dos professores”

"A lei 6404 é o nosso livro de cabeceira."

Aula de introdução à contabilidade (a saber: é a quarta vez que me matriculo nesta cadeira). Meus colegas demonstram estar interessados. Perguntam. "O ativo tem mesmo que ser sempre igual ao passivo?"

E eu...?

Bem, eu envio SMS, faço rabiscos no meu bloco da ZH e, vez em quando, desvio o olhar até o quadro negro (verde, na verdade), geralmente, quando me pergunto: que diabos eu tô fazendo aqui? Por que circulante, imobilizado, capital a integralizar, balanço patrimonial e afins me dão até dor de barriga?

Me sinto como se fosse um repórter de jornal que detesta escrever. Não faz sentido, eu sei.

Eis o drama. Depois de cancelar essa cadeira duas vezes e, na terceira tentativa, abandonar no meio do semestre, a sensação que tenho, agora, é de dor. Física e intelectual. Em pensar que recém foi a primeira aula do semestre...

Só que, desta vez, desesperadamente, preciso levar o pesadelo até o fim. Dezembro é logo ali, né?

PS: introdução à contabilidade é pré-requisito para estrutura e interpretação de balanços – aí sim, o paraíso. :p

domingo, agosto 13, 2006

Da série “Só não pensem, POR FAVOR, que sou capaz de gostar de Saramago ou recitar Neruda”

"Por volta da virada do século 19 para o 20, os velhos americanos rezavam assim: 'Por favor, Deus, não me deixe parecer pobre'. No ano 2000, eles rezavam: 'Por favor, Deus, não me deixe parecer velho'. A aparência sexy era equacionada com a juventude, e a juventude reinava. A doença relacionada à idade mais disseminada não era a senilidade, e sim a juvenilidade. O ideal social era você parecer ter 23 anos, e vestir-se como se tivesse 13."

Depois de ler esse trecho de Ficar ou não ficar, do Tom Wolfe, fiquei pensando: que pena, né, que já fiz minhas descobertas doze anos aos vinte e poucos. rá-rá-rá.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Sou uma pessoa que "não conhece as nuances de uma forma superior de comunicação". Só porque não gosto de música. Então tá.

terça-feira, agosto 01, 2006

ia me esquecendo...

NUNCA combinem de beber na companhia de um amigo dentista.
Do nada, ele pode comentar que a tua dentição possui desvio de linha média.